sábado, 5 de junho de 2010

Sob Chuva


Saiu pelas ruas sem ruma
Procurando teu cheiro
Procurando por nós
Entro em desespero
Quando vento sopra tua voz
 
Mas uma noite sem você aqui
Sinto a chuva nos meus joelhos
Minhas lágrimas no chão
Que trasbordando paixão
Escorrem pelos bueiros
No chão sinto os teus passos
Na água a deslizar
Mas você esta tão distante
Queria ao menos nesse instante
Aos teus ouvidos chegar

Murmúrios de desejo
Suspiro apaixonada
Tua voz me faz dormir
Quando ligo para ti
Altas horas da madrugada

Há como eu quero te abraçar
Beijar-te lentamente
E quando o tempo passar
E esse dia chegar
Realizarei-me completamente

Enedina

sexta-feira, 4 de junho de 2010

°°°°°

Vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões - mas tudo é Passageiro, e não deixa marcas. E, no futuro, podemos olhar para trás com orgulho e fé.
Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem "sofra" como aqueles que tem um sonho a seguir.


Paulo Coelho

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Rubi


O anel que me destes
Em prova do seu amor
Ainda guardo entre os dedos
Dentro dos meus segredos
Ao lado de minha dor

A mesma pedra, o mesmo brilho.
A mesma cor rubi
Entre os dedos permanece
Em minhas mãos adormece
E também acorda aqui
Vou guardá-lo de lembrança
Dos momentos que vivi
E também recordar o quanto
Do seu lado eu sofri

A cor já não importa
Esconde-se entre minhas feridas
Com o sangue se mistura
Deixando naquela estrutura
As gotas de nossas vidas.

Enedina

Lágrimas


Escorre pelo meu rosto
Como larva de um vulcão
Deixando marcas por onde passa
Estacionando em minhas mãos
Deixando-me prisioneira
Das minhas próprias emoções
Queimando minha face
Deixando-me sem condições

Condições de prosseguir
Com a cabeça erguida
Pois de tanto me fazer chorar
Em meu rosto fez ferida

Enedina

A dor de pensar em você


A dor que arde em mim
 É a mesma que pesa nos ombros
Escorre pelos olhos
E aguça meu paladar

A dor que esta viva em mim
 É a mesma que atinge meus olhos
Queima minhas retinas
E entope minhas veias
A dor que rasga minhas viceras
È a mesma que martela minha cabeça
É a mesma que corta minha fronte
E que dobra meus joelhos

A dor que me habita é a mesma que me mata
A mesma que me faz gemer
A mesma que em faz chorar
Implorando por remédio

A dor que desce na espinha
 Causando-me calafrios diários
È a mesma dor que sinto
Quando penso em você

 Enedina

terça-feira, 1 de junho de 2010

...

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.
 
VitoHugo

Na janela

Da minha janela,
Eu sempre a vejo passar
E me pergunto: Quem é ela,
Que passa sem olhar ?

De passos firmes, cabeça erguida,
Semblante altivo e sereno.
Deve ela estar de bem com a vida,
Por isso não vê o meu mundo pequeno.

Gostaria de saber seu nome,
O que faz e onde mora,
Também o que bebe e o que come,
Se canta, se ri e se chora
Será que tem dono o seu amor ?
Se não ! Vou me sentir um felizardo,
Vou lhe mandar um poema e uma flor,
Vou lhe dizer nas estrofes, do meu coração deslamado

Precisa ela saber do meu pequeno mundo
E de tudo de bom que nele tem.
Sinceridade e a liberdade de um vagabundo,
Que tem alegria, esperança e sabe querer bem.

Depois vou esperar na minha janela,
Para ver quando ela altiva passar.
Se o meu pequeno mundo merece dela,
A esmola de um sorriso e um olhar.

Enedina

Teu chamado


 Essa dor é cruel
Espero você me chamar
Toda noite...
Olho pro alto e só vejo
A escuridão rondar sobre mim.

Enedina

Teu abrigo


Tem dias que acordo
Sem saber o que fazer
Se me deito novamente
Pra que possa esquecer

Do meu mundo que hoje é tão vazio
Só me restam os momentos frios.

Virando minhas costas
Pra parede do meu eu
Sem saber se eu retorno
Se você já esqueceu

Minha face que não esconde mais

Suas marcas que deixei pra traz

O que eu vivo já não tem mais sentido

Eu fujo procurando o teu abrigo
Preciso de você aqui
Dizendo que precisa de mim.


Enedina


domingo, 30 de maio de 2010

No branco e no preto

No preto e no branco!!! Te arranco
Suspiro enigmático!!! Elástico poema.
No preto!!! Te vejo em pranto!!! Não me espanto.
 No branco!!! Meu quebranto...Meu esquema.
Sou morena !!! Serena..uma flor,
que inventa testes!!! Te reveste de amor.
mas me visto de branco!!!  Para amar sua dor.

Enedina

Grito

A força que me faz gritar,
Envolver a noite com meu grito,
Chega onde não consegue chegar
A lua, com seu brilho infinito.

Ouve este grito que chama
Pelo teu nome, perdido no tempo?
Não sei já se a voz me engana...
Se é grito ou um lamento.

Perdi-te e perdi-me também!
Em vão te procuro em toda a parte...
Se for loucura ou mal de desdém,
Meu mal maior foi um dia amar-te.

Enedina

Guerreiro Alado


Com armadura pesada
Galopo em meu cavalo
Minha espada de fogo
Minhas mãos cobertas de calo

Meu cavalo já ferido
Ainda resiste a dor
Seus olhos de labareda
Cavalga com rancor
 Sou guerreiro alado
Que combate a escuridão
Nas mais profundas noites
De terror e solidão

Luto contra a noite
Porque na noite morri
E retorno pra viver
As noites que eu perdi.

Enedina

Meu descanso


Meu único aconchego é à noite
Minha tristeza esta tão aparente
Que nem minhas lágrimas se escondem mais atrás de minhas pupilas que se dilatam constantemente


 
Talvez meu descanso não seja aqui
Talvez meu descanso seja longo e frio, profundo, vazio.
Quero me deitar numa linda cama de madeira
Recoberta de cetim branco, forrada com rendas e flores.
Fechar meus olhos para e vida e acordar num lugar mais calmo 
E que eu poço dessa vez sonhar!
E que meus olhos em fim habitem a luz
Onde hoje só enxergo escuridão!

Enedina