Entre as folhas congeladas do caminho
Seres procurando chão
Lampeja as luzes em um ninho
De em passaras que ficou sozinho
Gritando por compaixão
No alto da montanha
Vultos correm sem direção
Contemplando a lua cheia
Quando uma fenda clareia
Uma floresta em solidão
Nas pedras marcas de batalha
Das águas que caem em sintonia
Formando pequenos trechos
Que por um desfecho
Saem de simetria
Observo cada barulho
Onde o vento tropeça nas copas
O frio congelou minhas raízes
Recobriram cicatrizes
De flores que já foram mortas
Enedina
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