O desespero bate mais uma vez em minha porta
Perguntando se não quero partir
Exausta penso em me render
Mas abro os olhos e passo a aperceber
Que o real não estava ali
Meus suspiros chegam a me perturbar
Meu corpo faz as vontades do colchão
Minha mente completamente esgotada
Minha boca já cansada
Luta contra o chão
Meus braços não respondem
Minha voz não se esforça pra sair
Estou sem forças pra continuar
E talvez quando o sol desabar
Pensarei em prosseguir
Em quanto isso me deixe aqui
Não bata mais na porta do meu eu
Por que se um dia me render
E não vou mais perceber
Que o real me pertenceu
Enedina
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